Graduação
Licenciatura em Matemática
Tem como finalidade consolidar a Política Nacional de Formação de Professores, instituída pelo Decreto 6755/2009, que prevê um regime de colaboração entre União, estados e municípios, para a elaboração de um plano estratégico de formação inicial para os professores que atuam nas escolas públicas.
Status: Em Andamento
Geral:
promover aos alunos professores provenientes da Rede Pública Estadual e Municipal, em exercício nessa área, o acesso ao conhecimento teórico-prático compatível à habilitação profissional de Licenciado em Matemática, para o exercício do magistério nos Anos/Séries Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Específicos:
Possibilitar ao futuro licenciado, durante sua formação, situações de aprendizagens visando uma ação docente no sentido de:
Dominar os conteúdos de Matemática que serão objetos de sua atividade de ensino, praticando formas de realizar a transposição didática.
Promover a formação teórico-prático de Matemática, articulando com as outras áreas do conhecimento e a realidade;
Aprimorar práticas de ensino-aprendizagem, contribuindo com a melhoria da qualidade da educação;
Possibilitar ao aluno professor condições para o desenvolvimento de autonomia de estudo e construção de conhecimento crítico e independente, utilizando a experiência educativa das Universidades parceiras, assim como do seu próprio ambiente/espaço de trabalho na escola;
Refletir sobre o papel social da escola e suas relações com a comunidade, criando propostas de intervenção social;
Formar um profissional com atitudes éticas com relação a si mesmo e à sociedade;
Compreender os processos de aprendizagem a “ser capaz de trabalhar as diferenças individuais e especiais dos estudantes”
Capacitar para o domínio do uso das tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação, desenvolvendo habilidade no uso de programas de computação que amplie em seus alunos a capacidade de visão geométrica, de efetuação de operações algébricas, aritméticas e numéricas, de modo a ser eficiente ferramenta de investigação, de aprendizado e de modelagem de problemas;
Estimular o interesse e a experiência de ser produtor de conhecimento;
Possuir um conhecimento crítico sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino de Matemática, e de como utilizar estes parâmetros em seu trabalho na sala de aula.
Professores da rede pública de ensino do estado de Minas Gerais, com o segundo grau completo, que atuem na área e não possuam formação específica em Matemática, e que têm lecionado essa disciplina no ensino fundamental e médio durante os últimos 3 anos.
Caso as vagas não sejam preenchidas por essa demanda especial, serão selecionados candidatos que não atuem na rede pública de ensino, caracterizados como demanda social, que desejem uma formação inicial em Matemática e optaram pelo ingresso em um curso de licenciatura a distância, buscando uma formação sólida e de qualidade em uma instituição pública de ensino superior.
A seleção dos candidatos será realizada de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Técnico de Graduação (CTG): tempo de serviço do professor da rede pública e prova de redação, caso o número de inscritos exceda o número estabelecido como limite para cada um dos polos.
A organização curricular do curso de Licenciatura em Matemática a Distância foi idealizada de modo que sinalize na direção das Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica. A duração do curso é de 4,5 anos, constituído de nove semestres letivos, distribuídos conforme a tabela a seguir:
Disciplinas |
CHT1 |
PCC2 |
AACC3 |
ECS4 |
CRÉDITOS |
Primeiro Período |
|||||
Introdução à EAD |
30 |
02 |
|||
Informática e Matemática na EAD |
60 |
04 |
|||
Fundamentos de Matemática I |
60 |
30 |
06 |
||
TOTAL |
150 |
30 |
|
|
12 |
Segundo Período |
|||||
Tópicos em Educação Especial |
30 |
02 |
|||
Geometria Analítica |
60 |
15 |
05 |
||
Fundamentos de Matemática II |
60 |
15 |
05 |
||
Prática de leitura e produção de textos |
60 |
04 |
|||
Total |
210 |
30 |
|
|
16 |
Terceiro Período |
|||||
Introdução a Ciências Sociais |
60 |
04 |
|||
Cálculo Diferencial e Integral I |
75 |
05 |
|||
Fundamentos de Geometria |
60 |
30 |
06 |
||
Introdução à Lógica Matemática |
30 |
15 |
03 |
||
Total |
225 |
45 |
|
|
18 |
Quarto Período |
|||||
Psicologia da Educação |
60 |
04 |
|||
Cálculo Diferencial e Integral II |
75 |
05 |
|||
Introdução à Álgebra Linear |
60 |
15 |
05 |
||
Fundamentos de Física I |
60 |
04 |
|||
Carga Horária para Formação Livre |
30 |
02 |
|||
Total |
255 |
15 |
30 |
|
20 |
Quinto Período |
|||||
Cálculo Diferencial e Integral III |
75 |
05 |
|||
Metodologia do Ensino |
60 |
15 |
05 |
||
Fundamentos de Física II |
60 |
04 |
|||
MAT 250 – Geometria Espacial |
60 |
30 |
06 |
||
Informática no Ensino de Matemática |
60 |
30 |
06 |
||
Total |
315 |
75 |
|
|
26 |
Sexto Período |
|||||
Políticas Educacionais |
60 |
04 |
|||
Metodologia da Pesquisa |
30 |
02 |
|||
Estatística I |
60 |
04 |
|||
Cálculo Numérico |
60 |
04 |
|||
Epistemologia e Educação Matemática |
15 |
45 |
04 |
||
Educação e Cidadania |
30 |
02 |
|||
Total |
255 |
45 |
|
|
20 |
Sétimo Período |
|||||
Ensino por Projetos |
60 |
30 |
06 |
||
Laboratório de Matemática |
60 |
04 |
|||
Introdução as Equações Diferenciais Ordinárias |
60 |
04 |
|||
Carga Horária para Formação Livre |
30 |
02 |
|||
Estágio Supervisionado I |
120 |
08 |
|||
TOTAL |
120 |
90 |
30 |
120 |
24 |
Oitavo Período |
|||||
História da Matemática |
30 |
30 |
04 |
||
Fundamentos de Álgebra |
75 |
05 |
|||
Libras |
45 |
03 |
|||
Matemática Financeira I |
60 |
15 |
05 |
||
Estágio Supervisionado II |
90 |
06 |
|||
TOTAL |
210 |
45 |
|
90 |
23 |
Nono Período |
|||||
Seminário de Ensino |
30 |
02 |
|||
Fundamentos de Análise |
75 |
05 |
|||
Carga Horária para Formação Livre |
30 |
02 |
|||
Estágio Supervisionado III |
195 |
13 |
|||
TOTAL |
75 |
30 |
30 |
195 |
22 |
SOMA TOTAL |
1.815 |
405 |
90 |
405 |
181 |
Coordenadora: Profª. Caroline Mendes dos Passos
Mestre em Educação Matemática (Universidade Federal de Minas Gerais -2008). Tem especialização em Educação Matemática (Universidade Federal de Ouro Preto – 2004). Professora Assistente I na UFV.
Prof. Braz Moura Freitas
Graduado em Matemática (UFV – 1975). Professor Assistente na UFV.
Prof. Bulmer Mejia Garcia
Graduado em Facultad de Ciencias Naturales y Formales
Escuela de Matemática ( Universidad Nacional de San Agustín de
Arequipa -1994) e mestre em Matemática (Universidade Federal
Fluminense – 1998). Professor efetivo na UFV.
Profa. Gabriela Lucheze de Oliveira Lopes
Graduada em Matemática (Universidade Federal de Goiás -1997), e mestre em Matemática (Álgebra) (Universidade Federal de Minas Gerais – 2000). Professora assistente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Profa. Jaques Silveira Lopes
Graduada em Matemática (UFV -1998); mestre em Matemática (Análise Equações Diferenciais Parciais) – Universidade de Brasília -2000 e
doutora em Matemática (UnB -2005). Professor adjunto II na UFV.
Prof. Laerte Dias de Carvalho
Bacharel e licenciado em Matemática (UFV – 1991); especializado em
Matemática (UFMG-1997); Mestre em Matemática – EDO (UnB-1999). Professor na UFV.
Profa. Marli Regina dos Santos
Graduada em Licenciatura em Matemática (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho); mestre em Educação Matemática (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e doutoranda no programa de pós-gradução em Educação Matemática (UNESP-Rio Claro). Professora na UFV
Prof. Mércio Botelho Faria
Graduado em Matemática (UFV – 1999); mestre em Matemática (Universidade Estadual de Campinas -2001); doutor em Matemática (Universidade
Estadual de Campinas – 2005) e dois pós-doutorados (Departamento de Telemática – FEEC da Unicamp) . Professor adjunto II na UFV.
Profa. Rosane Soares Moreira Viana
Graduada em Matemática (UFV -1992); mestre em Matemática (Universidade Federal de Minas Gerais – 1995). Professora assistente IV e coordenadora do Curso de Matemática da UFV.
Devido à separação física entre o professor e o estudante (na maior parte do curso), serão usados diferentes recursos de comunicação para possibilitar uma formação completa do aluno. Cada aluno terá acesso a materiais impressos e em versão eletrônica, conteúdos em áudio e vídeo para web e outras mídias digitais, além de acompanhamento de professores e tutores, auxiliando no desenvolvimento de suas atividades.
Dessa forma, esta proposta visa à produção e utilização de materiais com uma linguagem mais acessível e que dialogue com o estudante, visto que este curso exige um estudo independente por parte do aluno, no qual ele passa a controlar o tempo que dedicará à realização das atividades das disciplinas cursadas.
Durante o decorrer de uma disciplina, o professor manterá seu foco no aluno e não somente na turma, uma vez que esta modalidade de ensino exige um atendimento mais individualizado para o acompanhando dos avanços e auxílio nos pontos em que o aluno tiver mais dificuldade de compreensão. Também ao longo do curso serão estimuladas as atividades cooperativas.
Um diferencial deste projeto é a utilização dos recursos digitais, sobretudo aqueles que privilegiam a interação proporcionada pela internet, associada aos materiais impressos. Assim sendo, além da diplomação dos professores, este projeto tem como meta a busca e o desenvolvimento de materiais didáticos e objetos de aprendizagem que possibilitem novas e produtivas formas de compreensão das disciplinas.
Outra característica é o aprofundando em conteúdos matemáticos essenciais à prática docente inserindo discussões relacionadas aos aspectos práticos do Ensino de Matemática ao longo do curso. Além disso, preza-se, também, pela introdução da pedagogia de projetos interdisciplinares, o que poderá trazer contribuições efetivas para os campos de atuação dos profissionais matriculados no curso.
A avaliação de cada disciplina é parte integrante dos processos de ensino e aprendizagem e pode variar em função das orientações dos professores conteudistas e dos professores responsáveis pela disciplina, ou de necessidades contextuais vigentes no momento da sua implantação. O processo avaliativo de uma disciplina deve ser composto por, no mínimo, exercícios avaliativos, duas avaliações a distância e entre uma e três avaliações presenciais.
Seguem algumas características gerais de cada modalidade de avaliação:
– Exercícios avaliativos – São exercícios pertinentes às unidades didáticas. A cada unidade haverá uma lista de exercícios. A ideia fundamental é que o aluno possa se autoavaliar no acompanhamento da disciplina (testes sem notas).
A interatividade dos alunos entre si próprios e com os tutores deve ser fortemente estimulada na realização dos exercícios avaliativos, visando implementar processos de ensino e aprendizagem de sucesso. Nos polos deve-se também incentivar os alunos a trabalhar em grupo, utilizando também os microcomputadores disponíveis.
– Avaliações a distância — São essencialmente de caráter formativo e serão programadas de acordo com o planejamento previsto para cada uma das disciplinas do curso, se constituindo, de acordo com a essência da disciplina e de decisões de ordem pedagógica, de trabalhos enviados para os polos pelos tutores e por eles corrigidos, ou de exames a distância, com prazo para retorno das soluções elaboradas pelos alunos. Será sugerida a criação de um banco de questões por disciplina que possa ajudar na elaboração dessas avaliações. Esse banco será constituído por questões de diferentes níveis de dificuldade, possibilitando classificar o grau de aprendizagem do aluno. As avaliações a distância devem atribuir notas. Sugere-se que a soma dos resultados das avaliações a distância corresponda a, no mínimo, 30% (trinta por cento) da nota final do aluno na disciplina. Sempre que possível, essas avaliações devem conter trabalhos ou questões a serem resolvidas por grupos de alunos, estimulando o processo autoral cooperativo.
– Avaliações presenciais — Para as avaliações presenciais, será estipulada uma quantidade mínima de uma avaliação, podendo, no máximo, chegar a três avaliações presenciais para cada disciplina. A quantidade de encontros presenciais por semestre irá variar conforme o planejamento de cada professor responsável pelas disciplinas. Essas avaliações têm, no entanto, planejamento temporal rígido, sendo realizadas nos polos regionais e ocorrendo em dias e horários preestabelecidos.
Tais avaliações devem seguir o rigor próprio dos exames presenciais realizados pela UFV, tanto no que se refere à fiscalização, quanto à elaboração, aplicação e correção das provas. Sugere-se que o peso de todas as avaliações presenciais seja de, no máximo, 70% (setenta por cento) do total da nota final. Pode ocorrer uma avaliação presencial suplementar, constituindo-se em segunda chance para o aluno que não obteve nota suficiente para aprovação nas avaliações anteriores.
Caso ainda haja reprovação, o aluno poderá submeter-se a uma nova avaliação ao longo do semestre seguinte, com o intuito de recuperar a nota do aluno. Um mesmo aluno poderá matricular-se somente duas vezes na mesma disciplina, onde serão obedecidos os mesmos critérios de avaliação.
Controle de Frequência
O controle de frequência dos alunos será observado nas atividades presenciais para realização de avaliações, nas webconferências e videoconferências. Também haverá um controle de freqüência a ser estabelecido pelos tutores presenciais, que deverão registrar as atividades exercidas junto aos alunos do curso. Serão reprovados os alunos que obtiverem ausência em mais de 25% dos encontros e atividades presenciais.
Desligamento
Os critérios para o desligamento obedecerão as seguintes condições:
– Serão desligados os alunos que forem reprovados, em um mesmo semestre, em mais de duas disciplinas;
– Serão desligados os alunos que forem reprovados, em uma mesma disciplina, por mais de duas vezes.
O primeiro critério se baseia no fato do estudante ter elevada dificuldade pedagógica na condução das disciplinas do semestre seguinte, em conjunto com as disciplinas reprovadas. O segundo critério esta relacionado com a capacidade de oferecimento das disciplinas por três semestres consecutivos.